Impacto do Coronavírus gera mudanças estratégicas
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Impacto do Coronavírus gera mudanças estratégicas

Entrevista na Rede CBN


Fabiano Souza, Diretor da Trajetória Consultoria, participou de uma entrevista na rede CBN. O tema abordado foi sobre o impacto do Coronavírus nos negócios das indústrias brasileiras.


O impacto da pandemia de Coronavírus pode ocasionar economicamente perdas para o mercado, mas ao mesmo tempo oportunidades de mudanças de estratégias. Diversas empresas passam a ter oportunidades para parcerias alternativas em vários países e o Brasil pode oferecer produtos em substituição ou complemento por conta das indústrias chinesas não terem mais demanda.


Fabiano Souza, estrategista em Administração de empresas da Trajetória Consultoria, afirma que quando acontece algum tipo de volatilidade, é o momento de buscar por alternativas, e se há fragilidade neste momento em abastecimento de produtos manufaturados pelas indústrias chinesas, sem dúvida vai existir oportunidades para indústrias brasileiras. O Brasil tem um bom relacionamento com a China, até mesmo por conta do Fórum Brasil-China, e com essa parceria foi possível obter informações relevantes: em média 60% das indústrias de manufaturas chinesas estão inoperantes ou com funcionamento parcial, dessa forma, 40% ainda estão operando, mas com dificuldades de operação. Gradativamente, tudo está voltando ao normal, mas ainda vai levar tempo até que retorne a como era antes.


A economia do Brasil vai começar a entrar em declínio. Com representação numérica, um movimento de contêineres da china era de 50 mil e caiu para 2 mil. Dados recentes apontam que mais de 40% dos negócios no mês de janeiro pararam e não existem dados comprovados para o mês de fevereiro. O Brasil ainda não sente esse impacto pois como forma de proteção as importações normalmente são feitas para durarem em média de 4 meses. Mas a chegada da reposição desses produtos vai acabar impactando nas indústrias brasileiras.


A exportação de produtos brasileiros para china é irrelevante pois possui mais perda do que ganho, pois mesmo que o agronegócio brasileiro tenha a China como um cliente em potencial, foi estimado pela FGV que por conta do coronavírus, deve-se perder entre 15% a 20% com a exportação Brasil-China, portanto, o mais correto seria observar os mercados aonde a China abastece e que vai ter dificuldade de exportação para que as indústrias brasileiras procurem exportar para essas empresas.


O mercado americano já tem apresentado oportunidades, pois devido a falta de abastecimento, foi viável buscar fornecedores alternativos. A epidemia deixa uma reflexão: a concentração de abastecimento em apenas um país pode ser problemático. Os estoques dos Estados Unidos começam a cair por conta do não abastecimento chinês, então é possível observar uma demanda de produtos manufaturados, cotações acontecendo e a perspectiva é bastante saudável para indústria brasileira.



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