Estratégia de Negócio e Internacionalização
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Estratégia de Negócio e Internacionalização


A tensão comercial entre EUA e China que pesa em todos os mercados e com ainda inúmeros capítulos por vir, projeta uma redução de crescimento da economia mundial em 2019, segundo o Banco Mundial através de seu último relatório semestral, será o mais fraco crescimento do comércio desde a crise financeira de 2008 e pode representa uma queda nos investimentos em todo mundo. O banco agora prevê que a economia mundial vai crescer 2,6% este ano, abaixo dos 2,9% previstos em janeiro.  Apesar das incertezas em relação as políticas de Estado, para o ambiente de negócios ainda existe espaço para o empreendedorismo e o comércio exterior. As dinâmicas da atuação global que facilitam as trocas e contatos, como os de mercado, favoreceram as empresas que buscam o mercado internacional como possibilidade de crescimento. De modo geral, a globalização possibilitou um aquecimento das trocas de bens e serviços ao redor do mundo, bem como criou possibilidades de mercados culturalmente mais abertos às empresas estrangeiras em diversas nações. Os contatos e interesses multiculturais também abriram portas à experimentação de novos hábitos e produtos que aquecem a produção de bens e serviços ao redor do mundo. Novas culturas passaram a se conhecer mais e a se admirar.

A internacionalização de empresas tem se processado de diversas formas e em diversos setores. Países como Estados Unidos, Alemanha, Japão, Coréia do Sul, Suécia, entre outros, demonstram evoluções qualitativas e quantitativas em relação ao processo de internacionalização das empresas por meio do envolvimento com o mercado externo acelerado em alguns casos, e em outros, de maneira gradual. Apesar de enfrentar várias dificuldades, empresas oriundas de países em desenvolvimento também têm demonstrado a capacidade de competir em mercados globais. A participação do mercado internacional em relação ao PIB de alguns países demonstra a importância desta atuação para alguns especificamente.

Na China, o crescimento na economia global dos últimos anos vem de encontro com o aumento em investimento em pesquisa em desenvolvimento deste país. Os casos da Coréia do Sul e Chile estão diretamente relacionados a qualidade da educação e produtividade. Esses últimos exemplos dão a pista que a participação no mercado internacional está relacionada a certas competências. Uma aceitação de algo valioso, difícil de imitar e que gere valor. Essas condições permitem as empresas destes países serem competitivas. Análises sugerem que o maior ou menor sucesso num processo de internacionalização dos negócios de um país decorre da sintonia entre as competências organizacionais desenvolvidas pelas suas empresas e pelas pressões institucionais permitidas pelo ambiente de negócio.

No caso brasileiro, a internacionalização das empresas tem se processado de forma lenta e tardia, mesmo assim, algumas empresas brasileiras passam por evoluções e experiências significativas em direção ao mercado internacional.

Por muito tempo, se buscou entender o que levava uma empresa se lançar no mercado internacional, mesmo não sendo uma grande marca nacional. Algumas explicações econômicas e de produção, alegando que as necessidades e a busca por recursos empurravam o negócio local para o cenário internacional. A competitividade estava na escala de uma commodity ou em alguma variação macroeconômica.  Outras abordagens consideram como um posicionamento de negócio a partir da estratégia, e se observa nestas condições, a escolha por se lançar em novos mercados – e não apenas uma consequência de mercado.

O processo de internacionalização exige das empresas diversos fatores que as qualifiquem a atuar satisfatoriamente em mercados internacionais. Os recursos estratégicos constituem-se num destes fatores.

O ambiente de negócio internacional admite a concepção da empresa atual não só como um conjunto de produtos para determinados mercados, mas como um portfólio de conhecimentos tecnológicos e de habilidades de gestão que compõe a competência organizacional e, por consequência seu diferencial competitivo. Nessa linha de pensamento, o foco está na capacidade de acumulação rápida dos novos conhecimentos e habilidades proporcionados pelo contato com o mercado externo e, também, na sua incorporação junto às competências organizacionais.

Buscando essa prova de competência organizacional e alinhado com as boas práticas de gestão do mundo, neste mês de agosto de 2019, a Trajetória Consultoria inicia a sua atuação internacional, “exportando” a sua metodologia de desenvolvimento de negócios competitivos para uma empresa ligado ao setor automotivo no México. Mais do que um novo cliente, para nós é a possibilidade de pôr em prova o domínio da tecnologia de processo, a capacidade de compreender os mercados e a habilidade de agregar parceiros.

Luiz Eduardo Lanzini é Diretor da Trajetória Consultoria

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