Como minimizar os impactos provocada pela Covid-19
top of page

Como minimizar os impactos provocada pela Covid-19

Entrevista na Rádio Mais.

Fabiano Souza, Diretor da Trajetória Consultoria, participou de uma entrevista com a Carol Chab na Rádio Mais. O tema abordado foi sobre como minimizar o momento de crise nas empresas provocado pela pandemia de coronavírus.

O Governador do estado do Paraná, Ratinho Junior, fez um decreto determinando que as empresas fechassem as portas por tempo indeterminado. A entrevistadora Carol Cahb questiona o que os empresários e empreendedores que estão em casa nesse momento devem pensar ou fazer em relação a isso tudo. Fabiano Souza afirma que estamos em um momento de incertezas, mas existem fases que podemos ter um entendimento do que pode ser feito.


Estamos vivendo um momento que nós da Trajetória Consultoria chamamos de Gestão da Crise, uma fase mais aguda e com falta de informações. Se faz necessário que os CEO’s e diretores foquem na sobrevivência do negócio, tendo um plano severo e agressivo com relação ao caixa, pois agora é um momento de sobrevivência. Indicamos aos nossos clientes e a vocês que montem um pequeno grupo na empresa para fazer esse gerenciamento.


Cada negócio tem uma necessidade própria, algumas empresas estão com a demanda muito baixa e outras realizaram o fechamento total e precisam de recursos financeiros para atravessar essa fase. O impacto desse momento vai durar pelo menos 60 dias, mas mesmo após o término do isolamento, é importante não criar expectativas quanto a uma retomada alta de demanda e as empresas devem tomar todos os cuidados com seus colaboradores, porém precisam continuar focando no seu caixa.


O inicio da Covid-19 se deu na China, que é um país com uma das melhores economias e o mundo todo tem observado sua gestão de saúde, porem não é viável que o Brasil se inspire nas ações realizadas por eles, pois os países possuem muitas diferenças culturais, governamentais e econômicas. O importante nesse momento, é entender que a China vem retomando gradativamente as atividades industriais e atualmente os meios de produção chegaram a 70% através do método puxado (pedido sobre demanda). Para o Brasil, boa parte da recuperação parte da nossa capacidade produtiva da geração de produtos primários, segmento agrícola essa área vai nos ajudar (não sozinha) a suportar a crise.


Alguns dados, a empresa Tianyancha, que compila dados públicos sobre o setor, divulgou um levantamento que aponta que mais de 460 mil empresas chinesas fecharam as portas permanentemente durante o primeiro trimestre deste ano. No mesmo período, de janeiro a março, 3,2 milhões de novos negócios foram abertos na China, uma queda de 29% na comparação com o ano anterior.


Em determinado momento, Carol fala que crise brasileira vai fazer com que a economia caia como um elevador e suba como uma escada, Fabiano concorda, através dos dados que o próprio Google divulgou da mobilidade dentro do país, a retomada das empresas está muito relacionada e quanto tempo vai durar essa fase de isolamento, dessa forma, a economia vai subir como uma escada, devagar e gradativamente.


No Brasil, as dificuldades atingem todos os setores. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) informou esta semana que a produção nacional de automóveis em março teve queda de 21,1%, em relação a março de 2019. De acordo com o Sindicato Nacional de Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), das 64 empresas produtoras de veículos que possuem plantas no país, 63 estão com as áreas de produção completamente paradas na primeira semana de abril. A consequência lógica foi o desencadeamento de paradas forçadas em toda a cadeia de abastecimento. O mercado financeiro se refere aos impactos do momento como “risco sistemático”, ou seja, é um risco que afeta toda a economia e todas as empresas e, independente do tamanho, sofrerão os reflexos dessa paralisação mundial. Todas as cadeias produtivas de todos os portes serão afetadas, mas a reação, hoje, será o diferencial que vai salvaguardar o negócio, no futuro próximo.


Em um último momento, Fabiano reconhece que o importante no momento é que as empresas busquem cuidar de seus caixas durante essa fase de dificuldades, caso não cuidem, vão ter que optar por outras opções bancárias, o que pode ser prejudicial para empresa. A demanda vai voltar, aos poucos mas vai retornar, avaliar possibilidade de esticar um pouco a condição de pagamento aos clientes e ser inteligente de medir a inadimplência.


Segue o detalhamento das três ações para sobrevivência, reestruturação e retomada dos seus negócios elaborada pela Trajetória Consultoria. Cada uma dessas medidas exige foco e acompanhamento diário, além de um monitoramento do mercado como um todo, para avaliar se o fluxo interno da empresa segue o mesmo sentido da economia mundial.


Gestão de crise, gestão da intervenção e gestão estratégica:

  • A primeira fase caracterizada como a gestão da crise, estabelece um grupo cujo enfoque estará no bem-estar das pessoas, organização de trabalho remoto (a quem possível) e moral do time. “Paralelamente conduz um plano severo de caixa, em alguns casos baseados em recursos próprios e em outros, com o auxílio de medidas governamentais e/ou instituições privadas. O time de contenção precisa estar mobilizado, direcionado e acompanhando a evolução da crise para tomadas de decisão rápidas e diárias”.

  • Assim que esta primeira organização estabilizar, os gestores devem organizar a segunda etapa: gestão da intervenção. A sugestão é que sejam construídos cenários diferentes, preparando para a retomada, ou seja, minimamente três visões são necessárias para um futuro de curto prazo. Alguns fatores conhecidos direcionaram a priorização da intervenção tais como: falta de dinheiro no mercado, desconfiança de crédito, necessidade de fortalecer vendas, e automatizar/digitalizar processos. Dediquem-se em um Planejamento detalhado.

  • Ressaltamos que a gestão estratégica terá seu rumo corrigido assim que o ambiente, a médio prazo, esteja mais claro. Importante entender que o vento está contrário, mas como na navegação, é possível velejar, desde que se prepare e mude as velas para enfrentar a intempérie. “Ainda, para que todos entendam que o futuro existirá, embora diferente do que conhecemos, comunicamos que o planejamento de três anos de uma empresa será retomado assim que a normalidade voltar a se estabelecer, porém, haverá um elemento novo - “Efeitos da Covid 19” - que será um dado vital de entrada para o que estará acontecendo”.


19 visualizações

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page